As Serpentes
As serpentes são répteis com corpo comprido e coberto de escamas. Os seus olhos não se mexem e não têm pálpebras. Podem projetar a sua língua graças à força da sua mandíbula. Os ossos da sua mandíbula estão unidos por ligamentos elásticos, o que lhes permitem que possam abrir de forma desproporcionada a sua boca.
Existe um osso chamado “quadrado” que une o crânio com a sua mandíbula inferior. Este osso é longo e móvel e permite que ambas as partes se possam separar. Tem um esqueleto muito simples pois está composto pela cabeça (óssea), a coluna vertebral e as costelas que se sustêm graças às vértebras. As serpentes são animais ofídios, não têm patas. Para moverem-se fazem movimentos em forma de onda, apesar de também os podem fazer de forma recta.
As serpentes engolem a sua presa por completo, sem parti-la nem mastigá-la. Começam sempre pela cabeça da sua presa, e pouco a pouco vão descendo pelo seu tubo digestivo. Trata-se de uma presa de grande tamanho, a mandíbula inferior se separa do crânio, graças ao osso “quadrado” que falamos antes, ampliando assim a capacidade da sua boca.
As serpentes podem ser venenosas ou não. De forma comum, se dava o nome de ofídismo à intoxicação que produzia devido ao veneno das víboras. Como repteis que são, são animais de sangue frio ou também chamados poiquilotérmicos. Isto significa que dependem do meio exterior para poder regular a temperatura do seu corpo.
Se quisermos classificar de forma mais técnica, dizemos que as serpentes são animais exotérmicos, pois a sua temperatura depende da do meio, e heterotérmicos já que esta temperatura pode variar dependendo da temperatura ambiente
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As Serpentes Como Animais de Estimação
O carácter das serpentes depende em grande parte da espécie que se trata. Uma das serpentes mais comuns para serem utilizadas como animais de estimação é as constritoras, belas serpentes que podem alcançar um tamanho considerável. Isto é devido ao seu carácter dócil, a pouco frequência com que defeca, a facilidade para alimentá-la e a pouco necessidade que tem de atenção. Mas uma serpente como a boa não é boa ideia se o dono não é experiente.
Devemos lembrar que se trata de animais selvagens, e como tal, podem ter instintos agressivos. A origem da serpente influi também no seu carácter. Se são criadas em cativeiro, serão animais mais acostumados à presença do homem. Enquanto se forem serpentes adultas capturadas do seu habitat, será mais difícil que se mostrem amistosas.
Uma boa forma de saber se estamos preparados para ter uma serpente boa como animal de estimação é conhecer primeiro pessoas que nos contem a sua experiencia. Não devemos fiar-nos completamente nos vendedores de répteis pois podem omitir informação que mais tarde pode fazer falta.
A pior razão para ter um destes animais como animal de estimação é para impressionar as pessoas. Devemos pensar objectivamente se podemos dar-lhes um bom nível de vida e também de qualidade. Não ser relutante na altura de as alimentar com coelhos e hamsters, por exemplo, ou estar disposto a que alguma vez possam morder-nos são pontos importantes.
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Examinar a Serpente
A escolha da nossa boa é o primeiro passo e o fundamental na altura de ter este animal como animal de estimação. Por isso, realizaremos um exame visual e táctil do animal para confirmarmos que ele está de boa saúde e tem um bom carácter. No exame físico no fixaremos nos olhos da serpente, deverão ser brilhantes e estar alerta.O seu corpo deverá ser arredondado e sem feridas. Se tem irregularidades pode dever-se a costelas partidas.
Quando a agarramos, normalmente se enroscará ao nosso braço. Se tirar a língua para fora frequentemente é sintoma de boa saúde. A boca também deve ser revista. Deverá estar limpa e sem feridas nem manchas. A sua saliva deve ser de uma cor transparente e a boca de cor rosada. Se tem pontos escuros movendo-se pelo corpo, normalmente são parasitas externos. Há que ter cuidado pois contagiam muito rapidamente. Se a serpente não se chatear demasiado com o exame, é sintoma do seu carácter ser dócil.
Espaço necessário: O espaço necessário que dispomos em casa é um facto importante pois as boas, juntamente com as anacondas e as pitões são serpentes gigantes, apesar destas três, a menor é a boa. Em concreto, as boas constritoras podem chegar a medir entre 2,5 a 5 metros quando adultas, pelo que necessitam de um espaço suficiente para tê-las em casa, de resto, quanto maior o espaço que tenham para poder mover-se, melhor. No mínimo, uma boa constritora adulta deverá ter um espaço de 2 metros. Devemos ter em conta o peso da serpente na altura de manejá-la, pois podem superar facilmente os 20 kg.
Longevidade: Para além de tudo isto, outro factor importante na altura de escolher este animal como animal de estimação é a sua longevidade. Estas serpentes alcançam facilmente os 20 anos de vida, pelo que deveremos ter isso em conta para mudanças futuras na nossa vida como por exemplo mudanças de casa, matrimónio, crianças, etc.
Manutenção: Para manter as boas bem alimentadas podemos comprar o seu alimento em lojas de animais. O custo será parecido ao de manter um cão. De adultas podem comer uns quatro coelhos por mês, mais ou menos, dependendo da espécie, do seu apetite, da época do ano, etc. São animais que comem uma vez por semana ou por quinzena, a limpeza do seu espaço deve ser realizado uma vez por mês, não requerem de muito tempo e não dão mau odor à casa. O lugar para tê-las chama-se terrário e deve ter umas dimensões adequadas ao tamanho da boa, deve contar com diversos aparelhos que lhes proporcionem o aquecimento e humidade que necessita.
Perigosidade: Tratando-as adequadamente e com cuidado, o risco se reduz ao mínimo. Ainda assim, não devemos esquecer que são animais selvagens com instintos. Podem acostumar-se à nossa presença para que as manipulemos, mas se algo as assusta, podem morder como reacção. Se algo que fazemos a chateia, também nos pode atacar. Outros casos de mordeduras é porque a serpente confundiu a mão do seu dono com comida.
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Mordeduras das Serpentes
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Todas as serpentes mordem e estas podem trazer serias infecções se não se trata de forma cuidadosa e higiénica. Já comentamos como funciona o sistema de injecção de veneno. Agora vamos comentar a natureza desses venenos. Existem muitas serpentes venenosas, mas existem diversos tipos de toxinas.
Por exemplo, as cobras têm uma neurotixna que paralisa o sistema cardio-pulmonar das suas presas. Outras, como as víboras, têm venenos que alteram as paredes dos vasos capilares das suas presas, destruindo os glóbulos vermelhos. Isto produz hemorragias em todo o corpo. Assim, aparecem manchas vermelhas ou rosadas pelo corpo. A pressão sanguínea diminui e o pulso pode ficar mais fraco até ao extremo de ser quase imperceptível.
Outros sintomas do veneno são diarreia, vómitos, sede intensa e suores frios. Este veneno pode levar ao coma e inclusive à morte. A única medida realmente eficaz contra uma ferrada de serpente venenosa é o soro antiofídico. Este soro deve manter-se no frio. Se não dispormos do método de refrigeração, a melhor forma será enterrar debaixo de terra à sombra, onde se manterá fresco.
Ao tratar-se de um composto proteico, devemos vigiar a sua caducidade. Não deve ter sedimentos nem estar translúcido. A aplicação deste soro se faz de forma endovenosa, pelo que é necessário uma seringa. Existem vários tipos de soros, assim como diferentes tipos de venenos.
Para preparar o soro que cura o veneno de cascavel, será necessário utilizar o veneno de cascavel. Assim, cada soro cura os efeitos do veneno de cada classe de serpente da qual foi extraído. Ainda assim, às vezes não se pode identificar a serpente autora da mordedura, pelo que se elaboram soros standards que servem contra várias espécies, normalmente de uma região determinada.
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Origem das Serpentes
As serpentes são animais vertebrados que pertencem à classe dos répteis. Os repteis fizeram a sua aparição acerca de 280 milhões de anos e acerca de uns 135 milhões de anos apareceram os primeiros exemplares de ofídios, que agrupam todas as serpentes que existem hoje em dia.
Existem cerca de 2660 espécies de serpentes cujo comprimento podem variar desde uns poucos centímetros até aos 10 metros. Se dividem em dois grupos: os escolecofidios com umas 260 espécies e os aletinofidios com mais de 2400 espécies.
As do primeiro grupo são pequenas e não têm veneno. Vivem em climas tropicais ou quentes e alimentam-se de pequenos animais que normalmente vivem dentro da terra.
O segundo grupo compreende-se em maior diversidade em relação ao tamanho que se refere. Estão adaptadas a todos os tipos de habitat: terrestre, aquático, nas arvores, …
Têm as mandíbulas inferiores e superiores diferentes e podem separá-las. Podem engolir presas que superem o seu tamanho. Em países como o Egipto, estes animais eram considerados sagrados. Outros países como a China ou o Japão e outras civilizações como os Incas, os Maias e os Astecas, também idolatravam este animal.
A religião Judaica foi a primeira em aproximar-se das serpentes por considerá-las o símbolo do mal. As serpentes são animais que estão presentes em diferentes habitats em todos os continentes, excepto a Antárctica. Devido ao seu físico, sem patas nem garras, as serpentes alimentam-se engolindo as suas presas por inteiro.
Por este motivo o seu metabolismo, como também a sua digestão, é lenta. O segredo da sua digestão resido nos sucos gástricos e no seu veneno, no caso de ser venenosa. O suco gástrico das serpentes tem um pH muito ácido, o que lhes permite digerir inclusive os ossos. As serpentes venenosas utilizam o seu veneno para romper os tecidos antes que entrem em acção os sucos gástricos.
A dieta da serpente é variada. Normalmente são carnívoras e devem ingerir a sua presa récem-morta. A maioria alimenta-se de animais de sangue quente, apesar de haver espécies que baseiam a sua alimentação em ovos de aves e outros répteis. O período em que se alimentam depende da idade, do tamanho da presa e da temperatura ambiental. As serpentes venenosas têm esse veneno graças à secreção que produzem as suas glândulas salivais. A sua composição depende da espécie de serpente mas basicamente são proteínas específicas.
Quando mordem as suas presas, aplicam dois tipos de venenos, os protelíticos e os neurotóxicos. O primeiro actua sobre as proteínas das células, destruindo-as. A segunda provoca falhas pulmonares e cardíacas na presa. As serpentes não atacam sem motivo. São de grande utilidade para controlar o crescimento de pequenos roedores.
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Serpentes Venenosas
As serpentes são importantes no ecossistema pois realizam um grande controlo sobre as populações de roedores que podem transmitir graves doenças para além da perda na agricultura. Por outro lado, as espécies venenosas são um perigo para o ser humano, o gado e para os animais domésticos.
Existem vários aspectos que nos ajudam a diferenciar as espécies venenosas das que não são. Por exemplo, as espécies venenosas têm a cabeça triangular ao contrário das não venenosas visto que esta é oval. Uma excepção são as boas, que têm a cabeça triangular e não são venenosas. Outra característica é as cavidades bucais, apenas presentes nas serpentes venenosas. As cavidades estão situadas entre o olho e a fossa nasal de cada lado e são órgãos termorreceptores.
As pupilas das espécies venenosas (e das boas) são elíptico-verticais enquato o resto são redondas. As escamas também são diferentes. As serpentes venenosas as têm quilhadas enquanto as não venenosas as têm lisas.
A maior parte das mordidelas, se a pessoa estiver de pé, são aplicadas nas zonas entre os cotovelos e as mãos, e entre os joelhos e os pés. Por esse motivo, deverão ser as zonas a proteger para evitar as mordidelas. Todas as serpentes têm dentes, mas não servem para mastigar mas apenas para manter a sua presa. As serpentes venenosas têm à parte 2 dentes especiais na parte anterior da mandíbula superior, donde sai o veneno.
Este veneno é produzido por glândulas salivais modificadas que se chamam glândulas venenosas. Quando a serpente prepara o ataque, estes dentes se endireitam ao abrir a boca e as glândulas venenosas oprimem e o veneno sai para o exterior. Na altura que mordo, injecta o veneno nas suas vitimas. De qualquer das formas, as serpentes venenosas geralmente fogem do homem invés de o atacarem. Apenas mordem quando se sentem atacadas ou ameaçadas.
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Anacondas
Pertence à família das boas. Também é conhecida como “a boa de água”. Exagerou-se bastante sobre o tema do seu tamanho, mas normalmente não superam os 10 metros, chegando às vezes aos 12 metros. A anaconda é a maior serpente do mundo e o seu nome científico é de “eunectes murinus”. O seu diâmetro ronda os 30 centímetros e pesa aproximadamente 200 kg.
Vive perto das zonas fluviais e é uma excelente nadadora. De resto, é difícil encontrá-la fora de água pois passa a maior parte do seu tempo submersa, mostrando apenas a cabeça, pois os seus olhos e as suas fossas nasais estão na parte superior da sua cabeça. Podem permanecer até 10 minutos debaixo de água. A anaconda não é uma serpente venenosa, é constritora. Isto supõe então que ela mata as suas presas através da asfixia, enroscando com o seu corpo e impedindo que respirem, até que morram, ou afogando-as na água até que se afoguem.
Uma vez com a sua presa morta, a engole completamente. O processo de digestão pode demorar vários dias, inclusive se a presa for muito grande pode chegar às duas semanas. A anaconda entrará em letargia. As contracções musculares digestivas são tão fortes que podem ouvir-se dentro da serpente, os ossos da sua presa vão sendo triturados. É rara a vez que se move até que digere o que engoliu e volte a ter fome.
As anacondas são animais carnívoros. A sua alimentação se baseia em grandes roedores, peixes, rãs, pássaros e outros répteis aquáticos. A sua reprodução é ovovivípara. A sua gestação dura uns 6 meses e tem camadas de entre 20 a 50 crias, apesar de por vezes ter ainda mais. As crias ao nascerem medem cerca de um metro e são capazes de nadar e alimentarem-se por elas mesmas. Neste primeiro período é quando a anaconda fica mais vulnerável a ataques de outros animais maiores.
Como o resto dos animais ofídios, as anacondas são poiquilotérmicas, ou seja que não regulam a temperatura interna do seu corpo. Esta é a principal diferença que tem com as aves e os mamíferos, já que estes podem regular a sua temperatura corpora e por isso são chamados de animais de sangue quente. Por este motivo, as anacondas passam várias horas por dia ao sol ou à sombra, dependendo da temperatura ambiente, para que possam modificar a sua temperatura corporal. Quando chegar o frio, geralmente hibernam ou ficam em estado de letargia.
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Boas
As boas são serpentes que pertencem a uma família tropical de serpentes não venenosas. Trata-se de animais fortes e de grande tamanho, normalmente com uns 5 ou 6 metros, apesar de às vezes ter chegado a medir 10 metros. O seu lugar habitual é as zonas húmidas das florestas. Algumas são aquáticas, como é o caso da anaconda. Norma geral, são animais eu hábitos nocturnos e todas matam as suas presas afogando-as por as apertarem ao redor.
As boas se classificam em 2 famílias, os pitões e as boinae. Ambas pertencem ao grupo das henophidias. A serpente boa não tem presas e não é venenosa. Geralmente nem ataca o homem. A sua principal função no ecossistema é reduzir o número de roedores que afectam principalmente a agricultura. A boa é um animal ameaçado, pelo que o seu número tem sido reduzido consideravelmente com o tempo, pelo que a sua população deve ser controlada. A jiboia-constritora tem um tamanho menor ao da anaconda, cerca de 3 a 5 metros. A sua cor pode variar entre a canela, o pardo escuro e o preto, que correspondem às cores das árvores por onde desliza o animal.
A boa é uma serpente mansa, ao contrário do seu famliar a anaconda. A jibóia-constritora é a segunda serpente em termos de tamanho que existe na América, é um animal que se domestica com facilidade. Ainda assim, tem várias características comuns como por exemplo serem constritoras e não venenosas. Ambas podem estar dentro de água e são boas nadadoras, apesar da boa preferir o meio terrestre. As duas se preocupam com as suas crias, assim que tenham nascido. As duas têm o ligamento elástico na boca que lhes permite engolir animais com um tamanho maior do que elas próprias.
As boas são animais nocturnos e podem caçar com pouco luz. Têm detectores térmicos nos seus lábios que lhes permite localizar animais de sangue quente. As jibóias-constritoras são animais ovovíparos, que significa que os ovos são mantidos nos genitais da fêmea até chocarem. São répteis de alto valor comercial devido a serem animais chamativos pelas suas cores. São capturados pela sua carne e para se ter como animal doméstico, mas principalmente pela sua pele que é utilizada na criação de produtos manufacturados como sapatos, cintos, etc.
A jibóia-constritora está declarada como “espécie ameaçada” pelo Ministério do Desenvolvimento Urbano e Ecologia, por meio da publicação no Jornal Oficial da Federação em Maio de 1991. Outro tipo de boa é a boa-arborícola-esmeralda. Quando nasce é de cor vermelha e ao cumprir 6 meses de vida, passa a ser de cor verde intenso, com o ventre amarelo. O seu comprimento é de cerca de 3 metros. Passa toda a sua vida nas árvores e gosta de descansar pendurando-se num ramo.
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Cascavéis
A cascavel é uma característica das serpentes venenosas, em especial das víboras do género Crotalus (víboras de cascavel) e sitrurus (cascavéis anãs). A cascavel é uma estrutura córnea situada no final da cauda da serpente. É um conjunto de pequenas partes não fixas e que ao agitar-se provocam o som da cascavel. Algumas pessoas crêem que o número de lóbulos ou partes de cascavel correspondem com a sua idade, mas isso não é assim.
Cada vez que a serpente muda de pele, adiciona-se mais um lóbulo e uma serpente muda mais do que uma vez por ano. A cascavel geralmente não dispõe de mais do que dez lóbulos pois podem-se perder ou atrapalhar nos movimentos da serpente. Nalgumas espécies em específico, a ponta da cauda tem uma cor branca amarelada.
A utilizam como meio para atrair as suas vítimas, imitando a forma e movimento de uma lagarta. O faz até que a presa esteja demasiado perto para escapar. No corpo das serpentes de cascavel geralmente encontra-se manchas dorsais de cor preta, avermelhada ou café.
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Cobras
Cobra é o nome comum que se dá a um grupo de serpentes venenosas. Pertencem à família Elapidae. Esta espécie de serpentes geralmente vive no sul da Ásia, África e Filipinas.
As cobras são famosas pelo seu aspecto e pela sua mordedura. São fáceis de reconhecer pois caracterizam-se por ter uma espécie de carapuça que abrem quando se sentem ameaçadas. A sua alimentação se baseia em roedores e aves principalmente. Captura-os, injectando-lhes o seu veneno através das suas presas. Hoje em dia existem antídotos ao seu veneno, o que reduziu o número de mortes.
Para além de injectarem o seu veneno através das mordeduras, algumas espécies podem cuspi-lo ao comprimir os músculos que têm nas presas e expulsá-lo com força e rapidez para o exterior. As que fazem isto geralmente são as cobras ocidentais e dirigem o seu veneno apontando aos olhos das suas vítimas. O veneno das cobras trata-se de uma neuro-toxina que afecta principalmente o sistema nervoso das suas presas. Graças ao desenvolvimento de um antídoto, o número de mortes por esta causa se diminuiu em algumas zonas da Ásia.
Este veneno também foi utilizado na investigação médica pois contem uma enzima chamada lecitina que dissolve as paredes das células e as membranas que rodeiam os vírus. A cobra Asiática também é conhecida como a cobra-de-óculos devido a esse desenho na sua pele. O seu comprimento geralmente não ultrapassa os 1,8 metros. A cor mais habitual nesta cobra é o castanho e o amarelo. É uma serpente de hábitos nocturnos e baseia a sua alimentação em aves, roedores e repteis.
Na Índia é tratada como símbolo religioso, pelo que na a matam, o que provoca muitas mortes ao longo do ano. A cobra real ou da Birmânia é a serpente venenosa mais longa do mundo, com uma média de 3,8 metros e podem chegar aos 5,5 metros. É uma serpente de hábitos diurnos e a sua alimentação se baseia principalmente noutras serpentes.
O veneno desta cobra é especialmente tóxico. Trata-se de uma serpente delgada, de cor esverdeada ou parda e com olhos de cor de bronze. Vive em lugares como as Filipinas, a Índia, Tailândia, na península da Malásia e ao sul da China.
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Víboras
Entre os animais predadores, um dos mais adaptados e evoluídos são as víboras.
Crânio. A primeira características que nos chama à atenção e a sua cabeça, em forma de triangulo ou lança. Esta forma se deve a que por detrás de cada olho têm uma glândula de veneno que as serpentes não têm.
Dentadura. As víboras são as serpentes com a maior dentadura. Os seus dentes são longos e pontiagudos. Em certas ocasiões, as víboras mostram a sua dentadura de forma ameaçadora para assustar um possível predador. A sua mandíbula é capaz de desencaixar para engolir presas inteiras que sejam maiores que a sua própria cabeça.
Têm 2 granes presas retrácteis, pois devido ao comprimento dessas presas, se não fossem retrácteis, cada vez que fechasse a boca ela perfuraria a sua mandíbula inferior. Estas presas têm um canal interno por onde se injecta o veneno desta serpente. A forma que o faz é pelos seus músculos, que pressionam as glândulas do veneno e este sai à pressão, introduzindo-se no sistema sanguíneo da sua presa.
Em cada mordedura desta serpente se injecta uma dose de veneno suficiente para com milhares de presas suas.
Cavidades termossensiveis. São visíveis facilmente e todas as víboras as têm. Estão situadas entre os orifícios nasais e os olhos. Estas cavidades servem para detectar variações de temperatura a curta distância, meio metro aproximadamente. Assim se convertem num método de caça por termolocalização. A forma que têm de caçar estas serpentes é de localizar a sua presa mediante o calor de emitem, mordendo-a e injectando o veneno e logo arrastando-as para as engolir uma vez mortas. A sensibilidade destas cavidades é fundamental para caçar animais de sangue quente.
Pupilas. Todas as víboras têm a pupila elíptica na vertical, tal como os gatos, o que nos dá sintomas dos seus hábitos nocturnos.
Escamas. As víboras têm as escamas de forma quilhadas, ao contrário das serpentes que as têm lisas. Isto significa que o bordo da ponta de uma escama não coincide exactamente com a seguinte, pelo que sobrepõem-se como as telhas de um telhado.
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Imagens
Apresentamos imagens deste réptil rastejante, a serpente. Imagens de serpentes para apreciares esta bonita espécie de réptil.